Sinto o frio envolver-me como um casaco de melancolia, recorda-me das coisas que deixei por fazer o ano passado, e o cemitério de esqueletos que trago comigo, ressentem-se pela falta de atenção que lhes dou. Oiço ecoar pelas ruas vazias a estridência dos meus pensamentos, mas afinal quem é que eu sou?
A minha historia foi escrita por um artista sádico, que quer à força ensinar-me que a persistência é o melhor caminho mas que simultaneamente me chuta as canelas sempre que me tento manter de pé.
Há conceitos que admito serem um tanto abstratos para mim, mas eu tento, e tento sempre. Mesmo sem força, mesmo sem vontade, eu tento, falho, sofro, e depois tento novamente. Quem sou eu? Sou a energia que me compõe, que embora agora esteja apaziguada, num outro instante volta e recorda-me do prazer de ver a vida de pé. De abraçar as pessoas que amo. De passear e ver o mundo.
Meu amor, por vezes o ar fica mais denso e torna-se difícil ver o que está em nosso redor, mas espero que saibas mesmo não me vendo, estarei sempre lá, ao teu lado, SEMPRE.
Estamos aqui! A promessa que fizemos no Bianco de a apoiarmos sempre, aplicava-se a todos. Desde então tu sempre nos apoiaste e nós estamos aqui para fazer o mesmo.
Tu não estás, NEM NUNCA ESTARÁS, sozinho, somos família.
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