Tempo a mais é perdido na plenitude de espirito
Vivo e corrijo o que na verdade nunca foi dito
Talvez seja boa altura explicar-te o que não preciso
Pouso ao ouvido palavras que não são para se ouvir
Fico nervosa nos intervalos sem saber reagir
Perco-me na fala, os silêncios levam sempre a melhor
Se não foi ainda, é quando for
Sabes a álcool e fumo, abres-me o apetite
Tens algo que eu quero, mesmo que não precise
Tenho insônias e tempo a mais pra pensar nisso
Estas olheiras sabem o quão eu não quero isso
Terramotos, fraturas, falhas, placas litosféricas
Tensões acumuladas nas regiões periféricas
Metaforicamente o vulcão seria dum ponto quente
O que expele no que escrevo vem bem cá de dentro
Ou se calhar não, não sei, preciso duma consulta,
O coração está de luto, a cabeça está de luta
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