segunda-feira, 29 de junho de 2020

O que resta de reciproco é um grande nada
com intenção de restituir a casa arrumada
Com a necessidade de associar tudo a evolução continua
espera só até sentires aquele arrepio na espinha

A efêmera descoberta duma nova perspectiva
com sorte dura-te prai 1/5 da vida
depois voltamos ao vazio de berço e autoconhecimento
valha-me o desapego emocional e o impeto do momento

benditos cadernos pretos ou teria escrito nos braços
palavras de antigos textos sobre casas e pedaços
que deixei no jardim ao sol a ver se crescem significados
como me pertencem talvez também estejam cansados

Já nem sinto falta, só falta de sono
Murmurem-me ao ouvido por vezes até respondo

sábado, 27 de junho de 2020

Como cigarro puxado dum travo aquecido
Tempo a mais é perdido na plenitude de espirito
Vivo e corrijo o que na verdade nunca foi dito
Talvez seja boa altura explicar-te o que não preciso

Pouso ao ouvido palavras que não são para se ouvir
Fico nervosa nos intervalos sem saber reagir
Perco-me na fala, os silêncios levam sempre a melhor
Se não foi ainda, é quando for

Sabes a álcool e fumo, abres-me o apetite
Tens algo que eu quero, mesmo que não precise
Tenho insônias e tempo a mais pra pensar nisso 
Estas olheiras sabem o quão eu não quero isso

Terramotos, fraturas, falhas, placas litosféricas
Tensões acumuladas nas regiões periféricas
Metaforicamente o vulcão seria dum ponto quente
O que expele no que escrevo vem bem cá de dentro

Ou se calhar não, não sei, preciso duma consulta, 
O coração está de luto, a cabeça está de luta





 Tell me how you love me  I’ll tell you how to fix it  My mind is not available  My heart is a mystic I hope you find love somewhere Where l...